domingo, 2 de maio de 2010

Monte St. Michel

O Monte Saint-Michel é um lugar mágico. Visto à distância e envolto na bruma que pela manhã cedo paira sobre toda a baía, ele parece um castelo saido do mundo encantado de Walt Disney.
Foto: Marisol Blanco 2010

 A medida que vamos nos aproximando ele vai tomando forma diante de nossos olhos e seu lado místico começa a se impor. Vemos então que se trata de um mosteiro com uma prodigiosa arquitetura.


    Marisol Blanco 2010
O Mont Saint-Michel, no noroeste de França, conserva uma das mais espantosas edificações religiosas da Idade Média, a maravilhosa abadia gótica que tinha em Victor Hugo um fervoroso admirador.
Na base há uma aldeia medieval que é um primor da arquitetura medieval do norte da França.

     Marisol Blanco 2010
Marisol Blanco 2010
Ao redor de boa parte da ilha existe uma muralha encimada por uma longa passarela da qual o visitante
descortina extraordinários panoramas da baía.  
Marisol Blanco 2010
     Marisol Blanco 2010

As ruas da aldeia são estreitas, cheias de lojas de suvenires para os turistas, restaurantes e hotéis das mais
diferentes categorias.
 
      Marisol Blanco 2010

História

As origens da Abadia atual são por volta dos séculos 8 e 9. Conforme a lenda, em 708, um bispo de Avranches (cidade francesa situada a poucos quilômetros do Monte Saint-Michel) chamado Aubert teria construido um oratório em uma cripta feito de blocos de granito superpostos, dedicado ao Arcanjo São Michel, pois o mesmo teria feito esse pedido em três aparições sucessivas.

A fundação da abadia foi no ano de 966, quando o duque da Normandia decidiu substituir os cônegos por monges beneditinos que eram grandes construtores. No mesmo ano a área do mosteiro aumentou consideravelmente. Os beneditinos construiram a abadia e outros prédios com a ajuda financeira dos grandes senhores da Normandia, Bretania, Itália e Inglaterra. A Abadia foi construída em três níveis que refletiam na época a hierarquia do monastério. Os monges viviam no nível mais alto, onde fica a igreja, o claustro e o refeitório. No andar intermediário, o abade recebia os nobres. Os soldados e os peregrinos, que estavam na base da pirâmide social, eram recebidos no nível inferior.
                                                                                           Marisol Blanco 2010
Nos séculos XII e XIII, muitos peregrinos viajavam para o local para cultuar São Miguel. Na época eles eram chamados de “Miquelots”. Os monges passaram a estudar, copiar e "iluminar" manuscritos chamados de "iluminuras" chegando a copiar os famosos tratados de Aristóteles.

Marisol Blanco 2010
A abadia de Saint-Michel passou a ser um santuário com mihares e centenas de devotos que faziam ofertas contribuindo assim para a prosperidade do vilarejo e da comunidade monástica.
Aconteceram também diversas catástrofes. Em 922 um incêndio destruiu  grande parte do mosteiro e da aldeia. Em 1103 parte da nave central da abadia desabou. Em 1203 outro incêndio destruiu o mosteiro. Foi reconstruido com uma arquitetura gótica de tal beleza que tornou-se conhecida como"A Maravilha".
Nos séculos 14 e 15 com a Guerra dos Cem Anos, entre a França e a Inglaterra, foram necessárias construções militares para proteger a abadia, foram construidas as muralhas que atualmente cercam a ilha, o que ajudou a resistir aos invasores por mais de trinta anos.

Marisol Blanco 2010

O fato de o Monte Saint Michel ficar constantemente ilhado (durantes as marés altas) e rodeado de perigosos bancos de areia movediça (durante as marés baixas) foi uma excelente proteção, que, no caso da Guerra dos Cem Anos, o tornou inexpugnável, o que fêz do Mont Saint-Michel, um símbolo de esperança e fé para os francesas naqueles anos de guerra contínua.
No início do século 19 o monte foi ligado ao continente por um dique, sua construção resolveu o problema dos moradores e visitantes, porém o dique provocou o assoreamento da baía. Hoje , apenas 2 vezes por mês (na Lua Nova e na Lua Cheia)o monte volta a ser uma ilha.
Durante a Revolução Francesa o Mont Saint Michel se tornou uma prisão do Estado. A patir de 1792 trezentos padres que negam a nova constituição civil do clero, são trancados no interior da Abadia. Eles serão liberados sete anos depois, quando prisioneiros condenados a trabalhos forçados chegam ao lugar.
Durante o período da Revolução as obras de restauração foram muito poucas em relação a tudo que precisava ser feito. Em 1863 a prisão foi fechada. Em 1874 a abadia foi classificada como monumento histórico nacional da França. As obras de restauração dão ao Mont Saint-Michel a sua aparencia atual. Durante a celebração do milenário do monte em 1966, os monges formaram ali uma pequena comunidade onde permanecem até agora. Em 1979 foi tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
                                                                                          Marisol Blanco 2010
Praticamente todas as seções do complexo de Saint-Michel podem ser visitadas pelo turista.
Ao contrário, ele pode parar o tempo que quiser para contemplar a arquitetura e as obras de arte expostas nos salões do complexo; pode sentar, meditar, voltar atrás, permanecer lá dentro o tempo que quiser. O Mont Saint-Michel não é apenas um esplêndido sítio de turismo cultural selecionado pela Unesco. Ele também é, ainda, uma cidadela da fé cristã, e como tal pode e deve ser aproveitado.
A imagem do Monte Saint Michel, não deixará de impressionar e ficar gravado na memória de todos que o visitam.

Reserve um dia para fazer esta visita.

GUIA

Como chegar ao Mont St. Michel
Trem
A estação de trem mais próxima do monte é a Pontorson. É possível chegar até lá saindo de Paris Montparnasse (via Rennes, 2 horas) ou Paris Saint-Lazare (via Caen, 2h40).
Pontorson é uma vila que fica a 10 Km ao sul do monte. A conexão pode ser feita através de ônibus pela Manéo, ônibus linha 6 Pontorson / Le Mont St Michel, com horários coincidindo com a chegada dos trens. Outra opção é alugar uma bicicleta.

Ônibus
Há saídas para o monte de Rennes (Gare Routière, leva 2h20) e Dol de Bretagne pela Les Courriers Bretons, com horários correspondentes aos de chegada dos trens de Paris nessas cidades.

Rodovia
A11 Chartres-Le Mans-Laval; saída para Fougères na direção Le Mont Saint Michel
A13 para Rouen e Caen; de Caen A84 para Le Mont Saint Michel
Há estacionamento na entrada do monte, mas em alta temporada só é possível estacionar a no mínimo 2 Km de distância.

Carro
Para quem vem do Sul, a rota deve seguir a autoestrada de Bordéus a La Rochelle, na Aquitânia, entrar na Bretanha por Nantes e seguir depois, sempre para norte, via Rennes.

Via aérea
Há voos regulares entre Paris e Rennes, cidade situada a 60 km do Mont Saint-Michel. Até Pontorsan, a 12 km do Mont Saint-Michel, existe uma ligação ferroviária.

Onde Dormir

Pernoitar dentro da própria cidadela é, naturalmente, mais caro, e dado o número limitado de alojamentos torna-se indispensável, sobretudo em época alta, fazer reserva antecipada. Nas povoações mais próximas e nas quintas que circundam os pólders vizinhos, a oferta é muito diversificada e abundante, do turismo de habitação aos parques de campismo com bungalows, passando por unidades hoteleiras mais convencionais.

Junto à baía, na estrada para Cancale, existem belos solares dos séc. XVII e XVIII que recebem hóspedes, nomeadamente em Roz sur Couesnon (Val Saint-Revert, telef. 99 80 27 85;

La Roseliere, telef. 99 80 22 05;

La Bergerie, telef. 99 80 29 68 )

Saint-Marcan (Le Colombel, telef. 99 80 22 78).

Dentro da cidadela, eis três sugestões:

Mouton Blanc, telef. 33 60 05 62;

Hotel de La Croix Blanche, telef. 33 60 14 04

La Mére Poulard, telef. 33 60 14 01.

Em Beauvoir e em Pontorsan há igualmente muita oferta de alojamento.;

Onde comer

Há vários restaurantes ao longo da Grand Rue, com preços variados.
Não há fast-food ou outro tipo de lanche mais barato, portanto se estiver com pouco dinheiro é melhor levar um lanche na mochila.
Não deixe de fazer como os passarinhos do monte e provar os biscoitinhos amanteigados vendidos nas lojas, são tradicionais e uma delícia.
 
Nós dormimos em Pontorsan pois era mais em conta, comemos o lanche da mochila e no final do dia uma big taça de sorvete em um dos restaurantes da Grand Rue. No dia seguinte fomos para Saint Malo.
No próximo post conto tudo sobre essa maravilhosa cidade corsária.

ESTOU VENDENDO A CÂMERA FOTOGRÁFICA QUE UTILIZEI PARA FAZER ESTAS FOTOS.
VEJA: CÂMERA OLYMPUS E 420

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